Aprender pode ser divertido

Luzes apagadas. Frozen Bubble projetado na parede para que todos acompanhem a final do concurso

Ir para a escola no turno de aula é obrigação; no turno inverso, pode ser diversão.

Preparando.

Quatro, três, dois, um…

Valendo!

Os finalistas das escolas da rede municipal assistem atentos ao campeonato (Foto Clarissa Battistella)

Aflição. A palavra que melhor define a expressão dos alunos e professores da rede pública que participaram da final do campeonato de Frozen Bubble na última terça-feira, no Laboratório Central de Informática (LCI) da Universidade de Passo Fundo. Os alunos finalistas que passaram por uma seleção na sua escola se valiam da inteligência para criar estratégias que os levassem a passar de nível; os demais torciam angustiados, numa inútil tentativa de auxiliar com pensamentos os amigos.

A rede municipal de escolas de Passo Fundo trabalha com o sistema operacional Linux, que traz o software – jogo – Frozen bobble. Os organizadores do SENID (Seminário Nacional de Inclusão Digital), que aconteceu de16 a 18 de abril na UPF, com a intenção de incluir ao cotidiano educacional a interatividade digital para facilitar o processo de aprendizagem, convidaram ainda em 2011 as escolas a participar da iniciativa.

Aceita a proposta, as escolas abriram as inscrições para os alunos que tivessem interesse. A participação na atividade ficou a critério dos próprios estudantes. De forma a não prejudicar os estudos formais e obrigatórios e servindo como complemento à educação, a professora Rosilaine Pinto da Silva, da Escola Municipal Santo Agostinho, que os acompanhou durante a tarde, explica como ocorreu o processo onde leciona, “Os alunos interessados se inscreveram e foram no turno inverso ao da aula para a escola”.

Estratégia, raciocínio lógico e concentração (Foto Clarissa Battistella)

Sem grandes interferências, a responsável pelo grupo inscrito em cada escola apenas instruía os comandos. “A professora de informática explicou o funcionamento do jogo e, posteriormente, eles passaram a treinar”, conta Rosilaine. O organizador Marco Antônio Trentim explica que o jogo faz parte do processo de aprendizagem, já que as estratégias e o raciocínio lógico devem partir da criança. Além da cognição o jogo desenvolve a coordenação motora.

Resumidamente, os professores fizeram uma seletiva e durante três meses, nos sábados de manhã, os organizadores realizaram as finais nas escolas. Por 20 minutos, todos os finalistas jogaram entre si. Apenas dois – com melhor desempenho – participariam da grande final. Além de se classificar para competir com os finalistas das demais escolas, recebiam como prêmio medalhas. “Eles gostaram muito”, comenta Marco Antônio.

A iniciativa envolveu crianças de 8 a12 anos de trinta escolas geralmente de bairros de renda baixa durante um ano inteiro. Entre olhares ansiosos e grande expectativa, a competição progrediu durante a tarde. Todos alunos participantes receberam certificado de participação e, segundo a organizadora Magali Ziger, os dois ganhadores, Richard Camargo e Renato Trindade, da escola Georgina Rosado, além do certificado, receberam premiação.

[stextbox id=”alert” caption=”Projeto Frozen Bubble na rede Municipal”]

Objetivo: Criar um espaço de observação da dinâmica dos jogos vivenciada pelas crianças da sociedade em rede.

Público alvo: crianças entre de 8 a 12 anos

Habilidade desenvolvidas pelo jogador:

  • Raciocínio lógico;
  • Pensamento estratégico;
  • Comparação visual de conjuntos;
  • Concentração.

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