“O desenho é a base de tudo! Quem não sabe desenhar não sabe fazer gravura, escultura e pintura.”
Instigado por cidades grandes e por aglomerações, Paulo Chimendes abre hoje à noite a exposição “Cidade Imaginária” no Museu de Artes Visuais Ruth Schneider. A obra começou a ganhar vida quando o artista descobriu uma nova paixão: acompanhar a evolução das cidades.
[stextbox id=”custom” caption=”Paulo Chimendes” float=”true” width=”250″]Paulo Chimendes reside em Porto Alegre desde 1962, é Artista Plástico e aos 12 anos iniciou-se no desenho com Paulo Peres, no Atelier Livre da prefeitura de Porto Alegre. Foi integrante da Oficina 11 – Atelier de Litografia e Gravuraem Metal e fez diversas exposições individuais e coletivas. Também participou de muitos Salões e Mostras, sendo premiado em 6 delas e homenageado em 2004, pelo Núcleo de Gravuras do Rio Grande do Sul (do qual é sócio fundador). Atualmente Paulo é o técnico responsável pela oficina de Litografia do Museu do Trabalho. Lá atua ao lado de Maria Tomaselli pintora e gravadora.[/stextbox]Com quatro anos de estudo, Chimendes pôs as mãos à obra e criou a sua cidade, a cidade imaginária. Durante cinco anos desenhou constantemente aprimorando formas, traçado e técnicas e experimentando os tipos de materiais que poderia usar no seu trabalho. Nesse meio tempo fazia desenhos pequenos, depois passando para os grandes, nos quais trabalha dias seguidos sem parar.
Trabalhando os desenhos em preto e branco, busca tocar as pessoas não através da cor, mas pela desordem que as cidades causam, de mexer com o sentimento humano. O esfumaçado de seu desenho transpõe o movimento de cidades grandes e com aglomerações estonteantes. Suas criações vão das cavernas, passam pela idade média e vem até hoje com os novos modos de vida urbana, e é de sua cabeça que saem cidades de todas as formas, de coisas que vão sendo observadas nas ruas, como ele mesmo afirma: “eu tenho a mania de observar as calçadas, para mim são interessantes e trazem novidades, sendo abstratas ou figurativas atraem meu olhar.”

A arte é a vida de Paulinho (como gosta de ser chamado), ele passa horas e horas trabalhando em desenhos e afirma que eles nunca ficam prontos, ele sempre retorna às obras e modifica alguma coisa, “eu sempre deixo o desenho guardado e depois retorno com traços mais modernos e com uma técnica melhor desenvolvida”, afiram Paulo Chimendes.
Ouça um trecho da conversa com Paulo Chimendes:
[slideshow id=72]Informações
A exposição pode ser visitada até 16 de outubro. O Museu fica aberto de terça-feira à sexta-feira das 09h às 18h e nos finais de semana das 14h às 18h. O Museu de Artes Visuais Ruth Schneider está localizado na Avenida Brasil, número 758 e o telefone para contato é (54)3316-8586.

