A fundo nas Operações Negras

A guerra fria foi um dos períodos mais tensos da humanidade. Estados Unidos e Rússia estavam em alerta de guerra, competindo com demonstrações diárias de poderio bélico. Todos os governos e exércitos negam, mas alguns documentos vazados comprovam que equipes secretas agiam sem pudor nos locais dos conflitos. As operações negras eram – e talvez ainda sejam – pautas diárias nas mesas dos comandantes, generais e presidentes ao redor do globo.

Fotos: Divulgação

Produzido pela Treyarch e lançado para PS3, Xbox 360, Wii, DS e PCs, Call of Duty: Black Ops representa o patamar máximo da franquia, uma série de FPS que acabou chegando no ápice em todos os quesitos. O padrão que já havia sido estabelecido desde Modern Warfare ficou obsoleto, comparando com o novo capítulo. Claro, os jogos anteriores continuam excelentes, por mais que daqui uns anos fiquem datados, mas no momento atual é difícil imaginar um shooter tão divertido e emocionante quando Black Ops.

Já de cara, nota-se que novo Call of Duty é muito mais cinematográfico que o anterior, começando pela trama. Você é Alex Mason, militar do grupo de elite SOG, que está preso em uma sessão de interrogação. Os raptores querem extrair algo de sua memória, uma informação essencial para impedir a iminente terceira guerra mundial, mas Mason não consegue lembrar o que é. Em meio a torturas, choques e questionamentos, o soldado começa a relembrar o que fez e por onde andou.

Em comparação com Modern Warfare 2, a jogabilidade continua parecida, o que é algo positivo. A novidade é o objetivo da missão, que agora fica flutuando no campo de visão, ajudando os mais novos no gênero. O que foi significativamente melhorado é o modo multiplayer, proporcionando ao jogador incrementar suas armas. O ponto negativo ainda são as poucas missões, somente 15 no total, levando aproximadamente 10 horas para terminar o modo campanha.

A variedade de cenários e fases é outro ponto muito positivo em Black Ops. Tudo começa em Cuba, com o objetivo de assassinar o ditador Fidel Castro. Missões no Ártico, na selva e em cidades do Vietnã, em prisões e campos de lançamentos espaciais na antiga União Soviética, e até uma fase no Pentágono completa o jogo. Esta variedade auxiliou bastante na representação de referências como O Franco-Atirador, Apocalypse Now e Forrest Gump. Além dos filmes, Black Ops traz referência à Metal Gear Solid, o maior o jogo de ação/espionagem que existe, visto que o último ato também é em um navio.

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O que mais chama atenção nas fases é os ótimos gráficos. A selva em Laos é muito realista, assim como os elementos naturais, as texturas (água, poeira etc.) e os excelentes feitos de luzes e sonoros. As explosões ficaram muito reais, mudando de acordo com o armamento utilizado. Falando em som, a trilha é caprichada, contando com faixas dos Rolling Stones – Gimme Shelter e Sympathy for the Devil – e Creedence Clearwater Revival – Fortunate Son.

Dentro dos shooters de guerra que não são futuristas ou de ficção científica, Call of Duty domina com grande diferença do segundo colocado e Black Ops apenas reafirma a supremacia alcançada com Modern Warfare 2. Tivemos Halo: Reach, Red Dead Redemption, Heavy Rain, God of War 3, Mario Galaxy 2 em 2010, mas este é o jogo do ano, até que se prove o contrário.

CALL OF DUTY: BLACK OPS
PS3, X360, Wii, DS e PC
[xrr rating= 5/5]
PRÓS
– História cinematográfica
– Gráficos estonteantes
– Viciante
CONTRAS
– Campanha curta
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