Separação do lixo: um dever de todos

Descartar o lixo no local correto é um ato de respeito pela cidade e pela natureza. Na separação mínima, o lixo orgânico e o lixo reciclável devem ser jogados em locais diferentes, um vai para aterros sanitários e outro vai para uma seleção de reciclagem. Porém, poucas são as pessoas que aderem a essa prática, e jogam todo o lixo em um só local, misturando os materiais e
prejudicando o aproveitamento do lixo seco.

foto: divulgação
Misturar o lixo dificulta a reciclagem e pode causar danos ao meio ambiente

Cada pessoa gera lixo diariamente, e segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil perde cerca de 8 bilhões de reais anualmente por deixar de reciclar resíduos que são encaminhados para lixões. Até mesmo lixos que podem parecer inofensivos, como um papel de bala,  fazeM a diferença.

Para separar, é preciso fazer o processo corretamente. Em local de lixo seco, não adianta descartar garrafa pet se ainda contém algum líquido que pode estragar o resto do lixo reciclável. As embalagens devem ser limpas e secas, se não, não existe como reciclar esse material. No caso da dúvida, é melhor jogar no lixo orgânico, assim não corre o risco de contaminar os papéis que estão nas lixeiras certas.

A professora do curso de Educação da UPF, Elizabeth Maria Foschiera, conta que muito lixo que vai para aterros podem ser reciclados “as pessoas muitas vezes misturam e não se dão conta de como é importante separar. Esse lixo reciclável é a renda de muitas famílias”. Nessa questão, muitos catadores sobrevivem com a venda de lixo reciclado para as grandes empresas. Como o preço do material é vendido por quilo, e é um valor muito baixo, todo o lixo que estiver sujo acaba impossibilitando a venda pelos catadores.

Nos dias de chuva, o lixo que as pessoas jogam no chão, muitas vezes pensando que é algo pequeno e que não irá fazer diferença, acaba gerando estragos. Os boeiros das ruas ficam cheios de lixo, a água não escorre e isso ocasiona enchentes e lixo espalhado por toda a cidade, além de contaminação causada por toda a sujeira.

Infografia: Gazeta do Povo
Veja algumas dicas para o descarte correto

Mas alguns materiais não devem ir parar na lixeira, pois podem contaminar muito o meio ambiente, e devem ter um descarte especial. Pela lei, é obrigação das empresas de pilhas e celulares recolherem esse material para reciclagem. A a dica é devolver no comércio aonde o material, principalmente as pilhas que aparecem em maior quantidade, foram comprados.

As lâmpadas incandescentes podem ser descartadas no lixo convencional, de forma adequada, em caixas, para que assim, quem for recolher o lixo não se corte. Porém, a lâmpada fluorescente contém substancias nocivas a saúde e ao meio ambiente. Devem ser levadas, se possível dentro da embalagem original ou envolta em papelão, até centros de reciclagem. Cuidar par não quebra-las também é importante, afinal, o produto nocivo se encontra na parte interior da lâmpada.

A professora Elizabeth conta que é preciso um pouco de esforço e consciência para aprender a separar no cotidiano. “Pode ser um pouco trabalhoso, mas isso será revertido em muitas outras ações positivas que valem a pena”. A professora também coordena um projeto de extensão na UPF chamado “Fazendo a lição de casa”, que visa conscientizar a comunidade acadêmica na separação correta do lixo.

Se você quiser saber mais sobre esse importante assunto, confira o programa Universidade Aberta que contou com a participação da professora Elizabeth.

httpv://www.youtube.com/watch?v=Be1nTXFMlIw

Rolar para cima