No dia 4 de abril de 2013, às 18 horas, começava a primeira manifestação pela revogação do preço da passagem em Passo Fundo. Desde lá, foram 12 atos. O povo foi para a rua e em 1º de julho, o prefeito de Passo Fundo, Luciano Azevedo anunciou a redução da tarifa em 10 centavos, porém, não foi o suficiente.

Segundo o estudante, Luis Guilherme Fagundes, o povo não foi ouvido. Era preciso uma atitude que chamasse mais a atenção do governo. Então, um grupo de quinze manifestantes, incluindo o estudante, assistiram a sessão ordinária do dia 8 de julho, as 15 horas e ocupam a Câmara de Vereadores desde então.”É importante que se diga que a ocupação não tem conexão com o Cômite de Lutas Sociais, foi uma decisão de apenas algumas pessoas.” destacou Luis.
As reivindicações dos ocupantes são as seguintes: revogação do preço da passagem de ônibus, mudança no horário da sessão plenária, que atualmente é às 15 horas, discussão sobre o salário dos vereadores que é de 10 mil reais, licitação já e passe livre, assunto que já é pauta no país e os ocupantes querem trazer para Passo Fundo.
Durante o dia 9 de julho, acompanhamos toda a ocupação. Confira, em detalhes, tudo o que aconteceu:
Na parte da manhã, os vereadores Márcio Patussi, representando a presidência da Câmara, Eduardo Peliciolli e Claudia Furlanetto receberam um documento com as reivindicações dos ocupantes (citadas acima), que será repassado aos demais vereadores.

Na parte da tarde, os manifestantes deram algumas condições para que o espaço seja desocupado para a sessão ordinária, marcada para amanhã (10), às 15 horas. Os ocupantes tinham quatro condições: eles pediram que os cartazes não fossem retirados durante a sessão, que assim, como os vereadores, eles também tivessem o direito de se pronunciar durante a sessão. Queriam que a sessão fosse toda pautada em cima das reivindicações e por último, que a Câmara de Vereadores convidasse o prefeito Luciano Azevedo e o vice-prefeito, Juliano Roso. Depois de discutir com os doze vereadores que estavam presentes na Câmara, Márcio Patussi entregou um documento aos manifestantes com as decisões: Os vereadores concederam um tempo para que os manifestantes falassem na sessão e o prefeito e vice serão convidados. Também decidiram que as reivindicações serão discutidas na sessão, porém, não aceitaram que os cartazes continuassem no local onde os vereadores permanecem durante a sessão, somente onde o público tem o direito de ficar.
Os manifestantes prometeram se reunir para decidir se permanecem na Câmara. Continue acompanhando a cobertura da ocupação nas nossas redes sociais.
Já no dia 10 de julho, a ocupação pode tomar novos rumos após negociações. Acompanhe cobertura dos acontecimentos durante o dia de hoje:
As negociações para a desocupação da Câmara dos Vereadores continuaram nessa manhã. Incluindo a revisão e alteração das propostas já apresentadas no dia 9.
O presidente da Câmara, Márcio Tassi informou a imprensa, que pretende usar as medidas cabíveis para reintegração da posse da Câmara, depois de que por dois dias, o diálogo com os ocupantes não teve resultado.
Já os manifestantes, aceitaram desocupar a Câmara somente se algumas exigências fossem aceitas. Eles querem que no mínimo 12 vereadores (no total, são 21) assinem um termo de compromisso com três questões. O agendamento da audiência pública referente ao aumento da tarifa do transporte público, a inauguração da CPI do transporte coletivo público e a mudança do horário da sessões plenárias das 15 horas para às 18 horas.
Os vereadores pretendem discutir as questões e responder aos ocupantes. Continue acompanhando a cobertura da ocupação nas nossas redes sociais.
De: Estagiárias Bárbara Born e Eduarda Ricci Perin
