A semana passa rápido para muitas pessoas. As horas do dia são divididas entre tarefas profissionais, domésticas, escolares e descanso, é claro. Então chega o final de semana, e você resolve jogar um futebolzinho, fazer uma corrida. Mas cuidado, porque o que parece ser um inofensivo lazer pode se tornar um problema sério para a saúde.
“A maioria das pessoas associa o esporte à saúde e nem sempre isso é verdadeiro. Existem duas práticas comuns: o esporte a nível recreativo, que são aquelas pessoas que jogam um futebolzinho nos fins de semana, e o esporte de rendimento, que é o atleta, mas nenhuma delas é saudável”, diz o professor Nelson João Tagliari, coordenador do projeto Atleta do Futuro da UPF.

“Para quem pratica o esporte recreativo, isso não se torna saudável se o ‘esportista’ não fizer nenhum exercício físico que condicione o organismo dele para aquela prática de esporte no final de semana. Então, essa atividade pode se tornar agressiva para o organismo, trazendo não só problemas musco-articulares mas também podendo desenvolver problemas no coração como as miocardites, que são pequenas inflamações no músculo cardíaco”. “Já o esporte de alto rendimento muitas vezes faz uso do doping , e o nível de intensidade do esporte é tão alto que o atleta sempre se encontra no limite entre estar saudável e a lesão”, acrescenta o professor.
A maneira mais indicada de se exercitar é sempre procurar orientação de um profissional de educação física, que pode dosar os exercícios para um condicionamento físico do atleta, e permitindo que ele possa praticar seus esportes com segurança.
FUTEBOL x CORAÇÃO
Agora, mesmo se você não for um esportista na prática, mas gosta de assitir as partidas esportivas, cuidado! Os problemas de saúde também podem te atingir.
O Brasil é considerado o país do futebol, e a paixão do brasileiro por esse esporte é algo que não se compara. Mas a torcida e a emoção em excesso podem prejudicar o coração do torcedor. O professor Nelson Tagliari ressalta que para quem já apresenta alguma cardiopatia, “o nível de emoção é tão grande que pode provocar até mesmo um infarto agudo do miocárdio”. Claro que ninguém precisa deixar de torcer ou praticar esportes, mas “as pessoas devem curtir o esporte, torcer para os seus times, mas usando o bom senso”, finaliza o professor Nelson.
